TROVAS
À procura de um sorriso
nos lábios da multidão,
o cego tateia o piso
na rua da solidão.
Jair Maciel Figueiredo
Acalanto de ternura,
que o coração adormece,
a trova é poesia pura
com ressonâncias de prece.
Ferreira Nobre
Qual borboleta no prado
brinca ao sol, de flor em flor;
e o luar, desesperado,
só encontra restos de amor.
Amaryllis Schloenbach
Quando a atrevida jangada
tuas águas serpenteia,
pareces tela afamada,
rendinha de encantos cheia.
Reinaldo M. de Aguiar
(Coluna Trovas, de Maria Thereza Cavalheiro, em O RADAR, página 18)
Comentários