TROVAS
DE EUCLIDES PEREIRA DA CUNHA
O sol no ocaso desmaia
deixando na terra as brumas;
as ondas batem na praia
tecendo rendas de espumas.
Quem dá valor à riqueza,
fazendo do ouro um troféu,
não dá valor à pureza,
que só tem valor no céu.
Não temo da vida a afronta,
nem os maus ventos dispersos,
eu colho o bem que desponta
da semente de meus versos.
Vejo a chuva na vidraça,
como lágrimas de prata,
chorando a dor que não passa,
na saudade que me mata.
(Do livro “GENTE E COISAS NA FRONTEIRA DAS LEMBRANÇAS”,
página 21)
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