DOR ANTIGA


DOR ANTIGA

    Cleiber Andrade

 

A dor aguda que humaniza a alma,

o amor sublime que engalana o mundo,

a saudade dorida, às vezes calma,

o beijo que enlouquece num segundo;

 

a paixão cega, que jamais se acalma,

pela mulher que causa amor profundo;

Deus que sustenta o mundo sobre a palma

da mão; a árvore, o vento e o inseto imundo,

 

Velhos temas que estão sempre dispersos

nas rimas e nos ritmos do poeta

e depois cantam, luzem nos seus versos!

 

E os versos – sobra acolhedora e amiga –

têm sempre o mesmo fim, a mesma meta:

- cantar eternamente a dor antiga...

 

(O PRAZER DA LIBERDADE, página 32)

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