AMOR E ÓDIO

        AMOR E ÓDIO
             Eugênio de Freitas

O amor é construção definitiva,
peculiar ao peito bom, que o sente.
Do cérebro se mostra independente,
é luz solar que a todos nós cativa.

O ódio se opõe à natureza viva,
apraz-lhe o morticínio tão-somente.
Arrasa tudo o que lhe chega à frente,
na escuridão funesta que o motiva.

O ódio, tal qual o amor, perdura eterno.
São dois extremos, bem assim rivais,
no entendimento que eu aqui externo.

Propensos a posturas desiguais,
um deles vai ao céu, o outro ao inferno,
e andam cientes de se unir jamais.

(Jornal do Enéas, número 16, página 4)


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