CRISTO (COELHO DA COSTA)

CRISTO
COELHO DA COSTA

Nasceu. Era mister que a antiga profecia
Se cumprisse afinal, sob o céu que nos cobre;
Nasceu, como descera, em meio a gente pobre,
Que pobre era José, pobre a Virgem Maria.

Despido de ouropéis, entanto, homens de nobre
Estirpe, os Magos Reis, tendo um astro por guia,
Foram vê-lo ao presépio, onde o templo erigia,
Novo, da Nova Fé que ao justo os céus descobre.

Humilde e Rei dos reis, de vãs glórias desnudo,
E, inda mais do que rei, Deus, Senhor dos senhores,
Fez, ao descer à terra, oblação disso tudo.

E ontem e hoje e amanhã, em sendo noite ou sendo
Dia, por mendigar almas de pecadores,
Anda de porta em porta aos corações batendo.


(COLETÂNEA O NATAL DE CRISTO, PÁGINA 36)

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