TROVAS
DO HUMBERTO DEL MAESTRO
Fim
da vida um leve arranjo;
de pecado
estou deserto...
Não
me julgo ainda um anjo,
mas
estou chegando perto.
Meu
mundo é só de esperança,
que
em outro não sei viver...
Sou
poeta, sempre criança,
que
é pecado envelhecer.
Quem
me dera ser menino,
voltar
a ser o que era...
Me diz
ao longe o destino:
- É
bom sonhar primavera.
A
noite perde-se em calma.
Chove
e é madrugada agora.
Parece
até que a minha alma
cai
em soluços, lá fora.
Pousaste,
num voo franco,
na minha
vida de afago,
como
um cisne muito branco,
por
sobre a calma de um lago.
(Revista
A FIGUEIRA, nº 65, 1998, editada pelo saudoso poeta Abel B. Pereira)
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