Glosando Miguel Russowsky
(Joaçaba/SC)
Nemésio Prata
Mote:
O silêncio às vezes fala
de saudades - Quem diria...
quando a rede, a sós, se embala
numa varanda vazia!
Glosa:
O silêncio às vezes fala
tão audível que enternece
o meu coração; que cala
para ouvir a sua prece!
Ao encher o coração
de saudades - Quem diria...
aguço a minha audição
para ouvir sua eufonia!
A saudade, "quinem" bala,
me mata, pensando nela,
quando a rede, a sós, se embala
sem ter nós dois dentro dela!
Em silêncio, no meu peito
ouço a voz da ventania
embalando a rede..., e deito...
numa varanda vazia!
(ALMANAQUE CHUVA DE VERSOS Nº 387,
JOSÉ FELDMAN)
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