SERÁ QUE SOU UM CHATO?

SERÁ QUE SOU UM “CHATO”?
Filemon F. Martins

Que coisa mais chata é você ter um “chato” por perto. Pior, eles estão em toda parte. Em casa, no ambiente de trabalho, na condução, no ponto de ônibus, nas reuniões da empresa ou reuniões familiares.
“Chato” aqui é a pessoa que reclama demais. Reclama de tudo.
É muito comum, especialmente, pelas redes sociais as pessoas reclamarem da chuva, do calor, do frio, das árvores que deixam cair suas folhas, do trânsito caótico, enfim não faltam motivos para reclamações.
Não é agradável ficar ouvindo reclamações o tempo todo, por mais paciência que se tenha. Na opinião do psicólogo João Alexandre Borba, em entrevista à revista PONTO DE ENCONTRO, o nível e a quantidade de reclamações feitas por uma pessoa servem somente para revelar o quão pessimista e amarga ela pode ser. “Elas são do tipo que veem o copo meio vazio e não meio cheio, e costumam perceber sempre o que está faltando e não o que já foi feito. Esse comportamento faz com que, no decorrer do tempo, as pessoas a sua volta comecem a se afastar. Afinal, ninguém consegue permanecer perto de alguém cheio de razão e que está sempre insatisfeita”, afirma.
De fato, existem “chatos” de todos os tipos:
Desagradável – aparece sempre fazendo comentários antipáticos e são chamados “os sem noção”. Inconveniente – aborda questões de saúde, assuntos particulares. Arrogante -  aposta que só ele sabe de tudo. Tudo o que ele tem ou faz, é melhor que o dos outros. Agressivo – chega a ofender com suas “brincadeiras” de mau gosto, emitindo opiniões desastradas sobre tudo o que os colegas fazem. Dono da verdade – elege um tema no qual se julga um mestre, torna-se um juiz, um julgador infalível.  Repetitivo – onde quer que ela vá, diz: o meu médico, a minha academia, o meu dentista, que é sempre o melhor e essa ladainha você ouve todos os dias.
Mas há outros que eu considero uns chatos: aqueles que atropelam as pessoas nas ruas, porque não desgrudam dos celulares, smartphones e tablets, como se eles fossem morrer, sem estes aparelhinhos.    
Na minha classificação, há também um tipo novo: aqueles que, diante de tantas evidências de má administração do dinheiro público, falcatruas e desvios já comprovados, inclusive alguns já condenados pelo Supremo Tribunal Federal, ainda acreditam piamente no governo do PT e seus aliados.
Mas, segundo a Dra. Priscila Gasparini Fernandes, psicóloga clínica e psicanalista, em entrevista à revista PONTO DE ENCONTRO, nem tudo está perdido: “Por pior que seja a situação, sempre haverá uma maneira de lidar com ela, com clareza e responsabilidade, delimitando até onde o problema é nosso ou não, para não corrermos o risco de querer resolver também os dilemas dos outros, mas apenas orientá-los”.

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