CORPO DE MULHER (ALMIR DINIZ)

CORPO DE MULHER
ALMIR DINIZ

Foi num dia de festa, pompa e riso,
de alegria e lazer... só que faltava
ao Mestre, a obra-prima que buscava:
o supremo projeto e decisivo.

Juntou elos esparsos... – era preciso
produzir algo raro, e pesquisava... –
uniu luz, cor e massa... e não achava
o toque especial, definitivo.

Por fim, mentalizou, o que queria
e sorriu. Sua bela obra, viva e pura,
chegara. E superava a ideia em tudo.

Deu-lhe formas sutis, doce magia
e malícia divina... Era a escultura
um corpo de mulher... pleno e desnudo!


(DO LIVRO MULHERES, PÁGINA 28) 

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