2015
Filemon F. Martins
2015 está
chegando ao fim. O mundo, afinal, não acabou. Sobrevivemos ao lamaçal que matou
o Rio Doce, iniciando por Mariana, em Minas Gerais até o mar, no Espírito
Santo. Destruiu famílias. Ceifou vidas! Contudo, ainda não temos uma nítida
ideia das consequências que advirão deste crime ambiental.
Sobrevivemos
também às falcatruas que levaram o Brasil a uma crise sem precedentes.
Aliás,
nestes últimos doze anos, com a ascensão de Lula à Presidência da República, o
que houve de falcatruas e roubalheira não se consegue descrever. Entre as tramoias
mais escabrosas estão, o escândalo do mensalão, como ficou conhecido e que Lula
afirmava nunca ter existido, porque nada soube, nada lhe disseram e, no
entanto, para a nossa sorte, o Supremo Tribunal Federal condenou uma verdadeira
quadrilha que atuava no esquema. Infelizmente, alguns já estão voltando para
casa, embora monitorados, para continuarem suas trapaças em que são
especialistas. Entretanto, as consequências deste mal ainda pesam sobre nós,
aposentados e pensionistas do serviço federal, porque continuamos a pagar 11%
dos nossos parcos salários, graças a Emenda Constitucional nº 41/2003, aprovada
a reboque do mensalão. Até quando isso vai acontecer, eis a pergunta que não
quer calar. Quando se pensou que o mensalão fosse o maior escândalo da
história, surge a Operação Lava-Jato revelando o “petrolão”, perto do qual o
mensalão virou fichinha. O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de
Justiça desabafou na revista Veja, de 23/12/2015: “BASTA! ESSA SANGRIA PRECISA
SER URGENTEMENTE ESTANCADA ANTES QUE SEJA TARDE. OS LIMITES DA PACIÊNCIA E DA
TOLERÂNCIA JÁ SE ESGOTARAM.”
Assim,
caminhamos para o fim de 2015 com a sociedade perplexa e atônita com os
descalabros ocorridos no Congresso Nacional, mas sempre na esperança de que em
2016 possa surgir, como num passe de mágica, uma luz no final do túnel. É o que
esperamos! Que venha 2016!
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