TROVAS DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO

TROVAS DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO

O remorso que arruína
– passado sempre presente –
é aquela voz, em surdina,
a acusar dentro da gente.

Passarinhos, em sonata,
fazem festa no arrebol,
quando despertam a mata
para os afagos do sol!

Por certo a ternura existe
no amigo que está por perto
e transforma um pranto triste
em lindo sorriso aberto!

Por mais que intimide o mundo
e a vida acarrete o medo,
sempre se guarda no fundo

uma esperança em segredo. 

(ENCANTO DAS TROVAS, TOMO VIII, VOL. 3, JOSÉ FELDMAN)

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