CAPRICHO
Filemon F. Martins
Quis o destino,
caprichoso, um dia,
que eu sofresse, na terra,
grande dor.
Conspiração dos astros da
poesia
que me fizeram crer no teu
amor.
Ingênuo, acreditei na
fantasia
que me ofertou teu lábio
sedutor,
e vi morrendo, aos poucos,
a alegria
quando partias como o
beija-flor.
Eras a estrela vésper do
meu sonho
povoavas meu céu sempre
risonho
em noites de fulgor e de
luar...
Mas me deixaste assim,
cama vazia,
sem ter ninguém na
madrugada fria,
um condenado à morte por
amar.
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