SONETO MONTANHÊS
CARLOS RIBEIRO ROCHA
Neste soneto montanhês que faço
quero lembrar queridos companheiros
caminhos sinuosos onde passo
ouvindo o linguajar dos garimpeiros.
Falam eles das glórias, dos fracassos
dos seus momentos mais alvissareiros,
das ¨corredeiras¨ feitas por seus braços,
para ali batear meses inteiros...
Mas, uma cena me ficou na mente
que considero a foto permanente
da vida campesina do Sertão:
Enquanto a fonte chora na vertente,
um sabiá gorjeia bem contente
sobre o velho ingazeiro do grotão.
Comentários