CURVA
DO CAMINHO
Filemon
F. Martins
Eis-me
chegando à curva do caminho,
onde
vejo os escombros do passado:
a casa
em que nasci, cresci, malgrado
o
quarto de dormir em desalinho.
Não me
faltou, porém, muito carinho
vivendo
no Sertão injustiçado,
onde o
“mandante” sempre desalmado
faz o
povo sofrer, no Pelourinho...
No
entanto, a vida é bela e deslumbrante,
mesmo
que a estrada se apresente escura
sempre
brilha uma luz ao viajante...
... E
quando eu me tornar uma saudade,
minha
alma esquecerá a desventura
para
cantar, em verso, a Eternidade!
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